Presidente da Assembleia diz que violência nas escolas não se resolve com demagogia
Ao participar ontem (12), ao lado do governador Eduardo Riedel (PSDB), do lançamento do programa estadual de reforço da segurança nas escolas, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), avaliou que é necessário agir com serenidade, buscar boas práticas recomendadas por especialistas em segurança, com foco no trabalho de inteligência para abortar qualquer ameaça de invasão ou agressão a alunos, professores e funcionários das escolas.
De acordo com ele, em momentos de crise como o atual, que traz pânico à sociedade, a resposta das autoridades deve ser dada de forma sensata, lastreada em recomendações dos especialistas.
“Não tem cabimento politizar a questão , fazer desta situação de crise um trampolim para o oportunismo e a demagogia. A sociedade repudia quem tenta buscar um protagonismo com soluções simplistas e meramente midiáticas”, destacou o parlamentar.
Para o deputado estadual, o poder público tem que fazer a sua parte, mas não se pode isentar os pais das responsabilidades deles.
Conforme Gerson Claro, “é impossível acreditar que os pais não saibam que no quarto do filho deles, um menino, estejam guardadas armas, símbolos do Nazismo”, referindo-se ao material encontrado pela Polícia no quarto de um adolescente de 14 anos residente no Rio Grande do Sul.
O presidente está convencido que “temos hoje uma sociedade doente psicologicamente ,bombardeada a todo instante por uma avalanche de informações pelas redes sociais ,muitos fake news, que pregam o ódio e a intolerância”.
Na opinião do parlamentar, mais do que medidas de segurança, como instalação de câmeras, detector de metal, “a responsabilidade de evitar novas tragédias como a de Blumenau (SC), onde quatro crianças foram assassinadas a golpes de machado por um psicopata que invadiu uma creche, tem de ser compartilhada com as famílias”.
“Os pais têm de assumir suas responsabilidades .Precisam cuidar dos seus filhos. Controlar o que eles vêem nas redes sociais .” Ouvi professores clamando aos pais que revistem as mochilas e fiscalizem os celulares dos filhos. sociedade, famílias e especialistas para encontrarmos uma solução conjunta”, finalizou o presidente da Assembleia Legislativa.