DEPCA inaugura plantão e amplia atendimento a crianças para noite, fim de semana e feriado

Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), por meio da Polícia Civil, inaugurou, na manhã desta quarta-feira (3), o plantão de atendimento ao público infanto-juvenil na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário – Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), em Campo Grande.

Com isso, crianças e adolescentes, vítimas de violência, serão atendidas na sede da DEPCA no período diurno (8h às 18h) e atendidas na Depac-Cepol no período noturno (18h às 8h), finais de semana, feriados e pontos facultativos.

Quatro salas serão destinadas para o atendimento exclusivo de crianças na Depac-Cepol. O ambiente é decorado com desenhos de Toy Story, parques de diversão, roda gigante, carrossel e castelo. A sala é isolada de outras áreas da delegacia.

Cerca de 75 policiais serão capacitados para realizar o atendimento adequado à crianças e adolescentes, para garantir privacidade, segurança e conforto em um momento delicado. A lei não exige que psicólogos ouçam as crianças vítimas de violência durante os depoimentos, mas sim pessoas capacitadas para tal.

Em dois meses, 152 crianças foram atendidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). O processo de transferência da Casa da Mulher Brasileira para a Depac-Cepol vai demorar 10 dias.

A longo prazo, a meta é construir a Casa da Criança nos mesmos moldes e com o mesmo objetivo da Casa da Mulher Brasileira.

De acordo com o delegado-geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Roberto Gurgel, uma cartilha de orientação sobre crimes de violência foi elaborada, com linguagem lúdica, de fácil entendimento à criança. Veja a íntegra do modelo aqui.

“A cartilha tem uma linguagem infantil, linguagem dedicada e voltada para a criança e ao adolescente, que fala o que é uma violência, agressão, o que é uma parte íntima, mas tudo isso voltado para uma linguagem que a criança possa entender o que é uma violência, agressão e abuso e ela possa se sentir à vontade para denunciar”, explicou o delegado.

CASO SOPHIA

A providência foi tomada 97 dias após a morte de Sophia Ocampo, de 2 anos e 7 meses. A menina foi morta em 26 de janeiro deste ano, após ser agredida pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e pelo padrasto, Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos.

Ela era agredida constantemente e chegou a frequentar o posto de saúde, com partes do corpo quebradas, mais de 30 vezes, antes de morrer.

De acordo com laudo necroscópico emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), o padrasto também estuprou a criança.

Christian e Stephanie são réus por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, contra menor de 14 anos e meio cruel.

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