Funcionária pede demissão e iria para Portugal após desviar R$ 35 mil de empresa
Após desviar mais de R$ 35 mil enquanto era encarregada pela folha de pagamento de uma prestadora de serviços, uma funcionária de 35 anos, que cumpria aviso e iria para fora do país, foi presa pela Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) na Capital.
Vale destacar que, tendo pago até mesmo o próprio tratamento dentário com dinheiro desviado da empresa, a acusada pediu demissão no início de setembro, e já tinha comunicado os colegas de que iria para fora do Brasil.
Conforme divulgado pela Polícia Civil, a prisão aconteceu ainda na quarta-feira (06), sendo que a audiência de custódia da acusada foi marcada já para este sete de setembro.
Confiante do próprio esquema, a mulher alegava que seu destino era Portugal, onde supostamente vive seu namorado, porém teve seus planos interrompidos nesta semana, enquadrada no chamado “flagrante delito”, ou seja, enquanto cometia o crime.
Nessa ocasião, a ex-funcionária foi indiciada por furto qualificado pelo abuso de confiança, que está presente no segundo inciso, do 4º parágrafo do artigo 155 do Código Penal. Foi representada a apreensão do passaporte, pelo fato da viagem marcada de mudança para outro país.
Tratando do abuso de confiança, é importante frisar que esse qualificador aumenta diretamente a pena base do crime, sendo que quem comete esse crime tem a pena pelo furto dobrada, indo de possíveis um a quatro anos, para uma reclusão estipulada de 2 a 8 anos.
Pega no flagra
Conforme a PC, agentes da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos – responsável pela investigação – prenderam a acusada ainda na sede da empresa.
Na figura de vítima, os responsáveis encarregados pela empresa observaram três transferências bancárias feitas pela então funcionária para familiares distintos, sendo a própria mãe, irmã e sobrinha da acusada.
Cabe apontar que, somente essas três transferências somaram cerca de R$ 10 mil e, com isso, a polícia apura também se houve conluio na prática do crime, com investigações deflagradas sobre os familiares beneficiados.
Sendo essa a última tentativa de desvio, a mulher é acusada inclusive de ter pago, de forma fraudulenta, o próprio tratamento dentário com dinheiro da empresa, em processos que passam da casa de R$ 7 mil.
Também, as investigações terão sequência nos próximos dias, sendo apurado onde os outros R$ 18 mil foram desprendidos.