Fabrício Barros Júnior, de Naviraí, e Paulo Henrique Andrade, de Dourados, vão competir pelo pódio na mesma prova, os 100 m classe T13 (atletas de baixa visão). A prova que vale a medalha de ouro ocorre hoje, às 14h (de MS).
Paulo, que foi medalhista de ouro no salto em distância no Grand Prix de Marrakesh 2023, começou no atletismo com 13 anos, por meio do seu primeiro treinador, Antônio Pietramale, em um projeto em parceria com a prefeitura de Dourados e o governo do Estado.
Ao Correio do Estado, Paulo explicou que precisou se mudar para São Paulo em 2021 por falta de apoio e estrutura para o paradesporto em Dourados.
“Eu me mudei para São Paulo em maio de 2021, por conta de falta de apoio e estrutura em Dourados. Nós nunca tivemos muito apoio, tanto governamental quanto privado, e com a pandemia isso piorou”, contou.
“Eu tinha chances de ir para a Paralimpíada de Tóquio, mas durante a pandemia eu fiquei sem poder treinar, pois a prefeitura fechou parques, inclusive, meu local de treinamento. Isso fez com que meu desempenho caísse muito, foi quando eu recebi o convite do Sesi-SP e do meu atual treinador, Daniel Biscola. Como eu não via um futuro em Dourados, aceitei o convite sem pensar duas vezes”, completou.
Além da final dos 100 m, Paulo Henrique também é finalista da prova de salto em distância na categoria T13 neste Parapan-Americano, que será disputada contra outros quatro atletas neste sábado, às 14h (de MS).
Sobre a sua participação no Parapan-Americano, Paulo Henrique explica que as duas finais que vai disputar, dos 100 m e do salto em distância, serão diretas, sem etapas eliminatórias, sendo assim, sua estreia já será disputando medalhas.
“Estou muito feliz com meu atual momento, apesar de já ter feito parte da seleção brasileira no Parapan-Americano de Jovens 2017 [em São Paulo] e no Mundial Adulto de Paratletismo 2017 [em Londres], considero a temporada de 2023 minha melhor temporada, pois eu já estive em todas as convocações da temporada, que foram para o GP de Marrakesh, em Marrocos, o mundial da modalidade em Paris e, agora, o Parapan de Santiago”, afirmou.
O sul-mato-grossense Fabrício Barros, que também vai disputar a final dos 100 m, já conquistou medalha de prata nos 100 m no Mundial de Paris 2023, bronze nos 100 m no Mundial de Dubai 2019 e ouro nos 100 m e bronze nos 400 m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
MS NA DISPUTA
Competindo lesionada, a atleta de Três Lagoas Silvânia Costa de Oliveira ficou em quarto lugar no salto em distância T11/12 na prova final, ontem.
Nas redes sociais, a atleta informou que estava se recuperando de lesão na panturrilha esquerda e fazia sessões de fisioterapia para conseguir participar da prova.
O pódio da classe T11/12 teve dobradinha brasileira, com Lorena Silva terminando com o ouro, Alice de Oliveira com a prata e a venezuelana Rosibel Colmenarez com o bronze.
A seleção brasileira de Futebol PC (atletas com paralisia cerebral) continua imbatível no Parapan. Tendo a base formada por atletas de Mato Grosso do Sul, a seleção venceu o seu quarto jogo em quatro partidas e desta vez ganhou do anfitrião Chile, por 4 a 0.
Dois gols da partida foram marcados pelo sul-mato-grossense Leonardo Morais, que jogou na defesa pela seleção brasileira.
O resultado mantém a seleção de Futebol PC na primeira colocação, com 12 pontos conquistados, e em segundo lugar está a Argentina, com 9 pontos.
Resta apenas uma rodada da fase de grupos do Futebol PC, na qual o Brasil enfrentará a Venezuela, hoje, às 13h30min (de MS).
SAIBA
O Brasil segue dominando o quadro geral de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. Em seis dias de competição, já foram conquistadas 93 medalhas de ouro, 55 de prata e 54 de bronze, totalizando 202 medalhas.