confira nomes de alvos da PF em investigação contra grilagem de terras da União em MS

Operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta quinta-feira (08) apura atuação de servidores da Agraer, empresários e fazendeira em esquema contra grilagem de terras da União em Confira a lista com os noves alvos mais abaixo.

Assim, investigação da PF apura suposto recebimento de propina por parte dos servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul), autarquia estadual vinculada à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), comandada por Jaime Verruck.

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, os nove alvos da ‘Operação Pantanal Terra Nullius’ são:

  • André Nogueira Borges – ex-diretor-presidente da Agraer
  • Evandro Efigênio Rodrigues – funcionário da Agraer
  • Jadir Bocato – gerente de Regularização Fundiária da Agraer
  • Josué Ferreira Caetano – funcionário da Agraer
  • Mário Maurício Vasques Beltrão, engenheiro cartógrafo – Sócio da empresa Toposat Engenharia Ltda
  • Bruna Feitosa Beltrão Novaes, engenheira sanitarista e ambiental – sócia da empresa Toposat Engenharia Ltda
  • Gustavo Feitosa Beltrão – da Toposat e advogado das áreas cível, imobiliária, agrária, ambiental e empresarial
  • Nelson Luis Moia – ligado a empresa Toposat Engenharia Ltda
  • Elizabeth Peron Coelho – empresária e pecuarista

Ao todo foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em  e , além do  de bens e bloqueio de valores de mais de R$ 3 milhões.

PF investiga recebimento de propina na Agraer

PF apreendeu documentos e equipamentos na Agraer (Henrique Arakaki, 

A Polícia Federal diz em nota que, “de forma dolosa, os responsáveis omitiriam que as áreas em questão pertenciam à União — o que tornaria a AGRAER incompetente para decidir sobre tais terrenos. Ainda assim, os processos tramitavam normalmente no órgão, possivelmente com o envolvimento de propina, até a emissão de títulos irregulares”.

Dessa forma, as investigações apontam que o grupo tentava omitir a origem pública da terra para conseguir a titularidade das áreas de forma ilegal. “Caso a fraude fosse percebida durante o trâmite, o processo era cancelado sob a justificativa de irregularidade, alegando-se erro no reconhecimento da titularidade da área”, conclui a PF.

O grupo agia para obter áreas situadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, localizado em faixa de fronteira. Os responsáveis pela fraude visavam a comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA) – ou Títulos de Cota de Reserva Ambiental Estadual (TCRAE).

O governo do Estado emitiu nota sobre o caso: “o governo estadual acompanha a operação ‘Pantanal Terra Nullius’ e colabora com a apuração. Tão logo tenhamos novas informações acerca das investigações, as medidas cabíveis serão tomadas”.

A reportagem acionou oficialmente a Agraer para se posicionar sobre a operação, mas não obteve retorno até esta publicação. O espaço segue aberto para manifestação.

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