Campo Grande registra média de 17 ataques de escorpião por dia
Conforme divulgado pela Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica (CVSAT) da Secretaria de Estado de Saúde (SES), entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, Campo Grande registrou 1.888 casos de acidente de escorpião, uma média de quase 17 casos por dia.
Das 13.227 notificações de ataques de animais peçonhentos em Mato Grosso do Sul, 75,71% foram causadas por escorpiões.
Dos municípios que mais registraram ataques de escorpião, Brasilândia tem a maior taxa para cada 100 mil habitantes: 1.580,44. Seguem na lista Paranaíba (415,06), Três Lagoas (391,97), Campo Grande (210,25) e Dourados (107,24).
Escorpiões
As espécies mais encontradas em Mato Grosso do Sul são:
Tityus confluens (escorpião amarelo), que provoca acidentes moderados;
Tityus serrulatus (escorpião amarelo), que pode causar acidentes moderados a graves, com necessidade de internação;
Tityus bahiensis (escorpião marrom), também responsável por casos graves — especialmente entre crianças e idosos, que são mais vulneráveis ao agravamento dos sintomas.
Os escorpiões costumam se esconder em locais escuros, úmidos e com fácil acesso a alimento, como baratas. São encontrados com frequência em redes de esgoto, ralos, entulhos, caixas de gordura, bueiros, materiais de construção e também em áreas rurais, onde há acúmulo de madeira, folhas secas e pedras.
Como agir
Caso haja algum acidente com escorpião, a recomendação é buscar imediatamente atendimento médico em uma unidade pública de saúde e não aplicar remédios caseiros ou substâncias no local da picada, para não agravar a situação da vítima.
Para prevenir os acidentes, é recomendado:
Manter ralos bem tampados e frestas vedadas;
Evitar acúmulo de entulhos, restos de materiais de construção e lixo doméstico;
Limpar quintais, jardins e terrenos baldios com frequência;
Inspecionar roupas, calçados e roupas de cama antes de usar, especialmente se estiverem no chão.