Em pleno funcionamento, “piscinão” que resolve assoreamento será entregue em março
Prevista para ser entregue já em março deste ano, a bacia de amortecimento do Córrego Reveilleau – tida como a solução para alagamentos da Via Park e assoreamento do Parque das Nações – entrou em operação ainda no início de dezembro e já está em pleno funcionamento, restando apenas os retoques finais.
Questionada sobre a resistência, sendo que fortes precipitações já colocaram o serviço à prova, a Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos afirmou que a obra da bacia de amortecimento “respondeu a contento nas últimas chuvas que tivemos”.
Ainda, a Pasta esclarece que atualmente é executada a etapa de “urbanização” da obra, que corresponde ao plantio de grama e colocação de alambrados, para posteriormente ser feita a remoção dos dejetos no interior da bacia, que não são muitos.
“E os acessos, entre eles por onde vão entrar as máquinas e caminhões que serão utilizados para a retirada de sedimentos dentro da bacia. A obra está prevista para ser concluída em março deste ano”, complementa o Executivo em nota.
Sanadora de problemas
Localizada próximo às avenidas Mato Grosso e Hiroshima, vias de acesso ao Parque dos Poderes e bairros como Carandá Bosque, Mata do Jacinto, essa bacia de amortecimento é há tempos citada como resolvedora dos constantes alagamentos da Via Park, que eram causados por transbordamentos do, então assoreado, lago do Parque das Nações.
Agora, com muros de até quatro metros, essa bacia tem capacidade de retenção de cerca de 40 mil metros cúbicas da água da chuva e deverá impedir que os transbordamentos do lago do Parque das Nações volte a acontecer.
Ainda em 2023 enfrentou seu primeiro teste, quando suportou cerca de 233 milímetros em Campo Grande, até o fim de novembro. Conforme anotação do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), só no dia 27 daquele mês choveram 233 milímetros na Capital.
Relembre
O lago do Parque das Nações, ainda em 2011, passou por revitalização completa, que se repetiu três anos depois. E cabe lembrar que esse piscinão estava prometido desde 2014, quando obras de pavimentação e drenagem da etapa D Mata do Jacinto começaram, com investimento de R$ 36,1 milhões, interrompidas em 2017, com quase 72% do projeto executado.
Essas obras, que previam 16.597 metros de drenagem; 196.878,63 metros quadrados de asfalto e aproximadamente 28 quilômetros de pavimentação, foram retomadas em 2018, pelo investimento de R$ 11,4 milhões, sendo:
- R$ 10,264 milhões do PAC Pavimentação
- R$ 1,142 milhão, parceria entre prefeitura e Estado.
Em 2019, quando o lago do Parque das Nações voltou a assorear, a Prefeitura desistiu do “piscinão” para construção de canal que ligasse as redes de drenagem. Já em fevereiro de 2022 foi definida a contratação da Penascal, por R$ 5.570.481,40, para execução da bacia de amortecimento.
Com o lago apresentando largas faixas de bancos de areia, em junho daquele ano, foram iniciadas obras para impedir que sedimentos continuem sendo carregados ao local e ações de desassoreamento nos dois lagos.
A primeira obra realizada no Parque foi a retirada de 135 mil metros cúbicos de areia do lago maior. No lago menor, foram retirados 15.474 metros cúbicos de sedimentos.
Ainda em 2019, o lago maior foi esvaziado para a manutenção do local, como a construção de decks e a reforma dos gabiões, estrutura responsável pela drenagem da areia.