Ao custo de R$ 7 milhões, “reforma completa” do Marco vai levar dois anos

O Museu de Arte Contemporânea (Marco) vai ser “completamente reformado e revitalizado” nos próximos dois anos, ao custo de R$ 7 milhões. O anúncio foi feito na semana passada (26), quando representantes do governo do Estado apresentaram o projeto para um grupo de pessoas que atua no setor cultural. Uma das novidades é a criação de uma sala imersiva, outra é uma cafeteria para atender os visitantes.

“No período em que o museu ficou fechado, agora em 2023, ficamos fechados para visitação. As salas de visitação foram fechadas porque não havia condições de manter as obras por conta das infiltrações. Mas continuamos com as oficinas presenciais e on-line, o CineMarco, o Museu Vai à Escola e vamos dar continuidade a esses projetos. Nós estamos procurando um ambiente adequado para receber a equipe do Marco com seu acervo durante o período das obras”, disse Vera Lúcia Bento, diretora do museu.

NO GOOGLE MAPS

“Tudo que é novo, é belo, agrada os olhos das pessoas. Então, hoje eu estava pesquisando no [Google] Maps. A gente não tem aquela marca que demarca o local, hoje o museu está sem. A gente quer voltar com isso para quando a pessoa vier visitar: abriu o Google Maps, já vai ter as imagens do museu. Eu acho que o café vai ser uma atração legal, a biblioteca que nós vamos modernizar para as pessoas visitarem, vamos trazer exposições, como agora vamos ter a sala de exposições imersivas, que eu acho que é uma coisa bacana”, continuou Vera Lúcia.

“É o inovador hoje no sistema de museus”, afirma. “O museu está trazendo inovação, a gente tem de modernizar. Os projetos continuam os mesmos, após a reabertura do museu, vamos continuar com as visitas agendadas e mediadas de escolas e com as oficinas. Tudo isso, a gente não vai deixar de executar, e nós vamos trazer ainda mais benefícios para turistas, alunos e visitantes”, prometeu a diretora.

“O governador Eduardo Riedel nos cobra muito isso, ele fala que quem ouve mais, erra menos, por isso que a gente fez questão, antes de qualquer começo, deste momento de apresentação para vocês”, afirmou, no evento, o secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda.

ACESSIBILIDADE

O gerente de projetos civis da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Adanilto Faustino Júnior, disse que o projeto está sendo tratado com muito carinho.

“Destoa um pouco da nossa rotina, porque estamos acostumados com projetos estritamente técnicos e, aqui, nós estamos presos aos volumes do prédio, não vamos ter alteração de fachada, não vamos ter esse tipo de alteração, mas muito espaço interno. Quanto mais criatividade, melhor para fazer uma adequação”, afirmou o gerente. O projeto original do museu é do arquiteto Emmanuel de Oliveira.

“Esta obra do Marco é de 2002. Agora, estamos em 2024. Precisamos adaptá-lo às novas visões de museu, às novas necessidades e, principalmente, conseguir buscar o público, que começou a deixar de comparecer a museus. Com a internet, com as mídias, a gente está perdendo muito a visitação. A gente tem de ter alterações, o museu não pode ser estático mais, não pode ficar preso, nós temos de trazer inovações, experiências de fora, para fazer uma movimentação aqui a gente precisa de muita adequação”, disse Adanilto Faustino Júnior.

“Um dos principais agravos é com relação à cobertura. Nós vamos fazer uma grande reforma na cobertura, refazer todo o projeto de elétrica do museu, todo o projeto de iluminação e cenografia, precisamos fazer um novo alvará dos bombeiros e nos adequar às novas normas necessárias, nós precisamos ter uma grande intervenção na área de acessibilidade, para que consigamos receber a todos aqui, e vamos reformar o auditório”, explicou o gerente.

NÃO VAI PARAR

“O Marco vai poder realizar essa reforma e voltar a desenvolver seus trabalhos para a sociedade. O prédio é um equipamento cultural que vai estar parado para reformas, mas nossos técnicos e nossa coordenadora vão estar cuidando das obras e vão ter várias atividades que vão estar sendo desenvolvidas neste período”, garantiu a gerente de Patrimônio Cultural da FCMS, Melly Sena.

“Uma dessas atividades serão algumas oficinas que vão acontecer agora. A gente está prevendo um edital de oficineiros. Não sabemos ainda em que local vai acontecer, mas vai ter oficinas na área de Artes Visuais e vamos ter o CineMarco e o CirculaMarco, que vão ter ações na nossa cidade. Nossas arte-educadoras vão levar estas atividades para o interior, onde muitas vezes as pessoas não têm acesso”, afirmou Melly Sena.

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